Caro ano 2023, sei que ainda estás numa idade pueril, mas os dias passam depressa, chegam as semanas que perfazem os meses. E o tempo passa tão rápido, como todos sabemos! Por isso te escrevo esta “carta aberta” e a torno pública, com alguns assuntos que gostava de ver tratados, mitigados ou resolvidos.

Que este clima de guerra entre a Rússia e a Ucrânia e interesses, uns mais claros, outros mais obscuros e invisíveis à maior parte dos Cidadãos, se dissipe, e haja lugar à paz e se poupem vidas humanas, atropelos aos direitos humanos, violações de mulheres e crianças e libertação da escravatura. Não aos massacres de povos indefesos.

Quanto ao nosso País: que Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, cumpra e faça cumprir a Constituição da República e seja o mais alto cargo da magistratura portuguesa e Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, em que os portugueses possam continuar a confiar. Não quero um Presidente cúmplice dos desvarios do governo, dando cobertura a uma maioria absoluta em decadência e ruinosa para Portugal. Um Presidente que deixe de ser comentador de futebol e mensageiro do governo à nação, num desgaste de imagem permanente, e que, quando tem que falar ao País de coisas sérias, seja ouvido com o cuidado que deve ser, e não por falar e comentar tudo e de todos.

Percebemos a amálgama, disputa e descoordenação que vai no governo de António Costa, mas desejamos estabilidade, que o primeiro-ministro governe, coordene o seu governo e esteja atento ao País. Sinta o pulsar do Portugal profundo e verdadeiro. O seu governo quase parece o big brother, porque cada semana/mês sai um membro do governo. Pedimos ao senhor primeiro-ministro que não pense nem governe poucochinho, muito menos que nivele por baixo. Queremos e desejamos ambição, nivelamento responsável por cima, e sair do pelotão dos pobres da EU em que temos vindo a cair, no pelotão de trás. Portugal já é pobre e está a empobrecer ainda mais! Que o governo desta maioria absoluta ganhe maturidade e, efectivamente, governe o País e não os interesses dos governantes e do partido do governo. Porque a guerra e a pandemia, não justificam tudo. Os outros países da Europa também vivem/viveram com estes males e estão com uma economia em crescendo. Há coisas “raríssimas” a acontecer com esta maioria socialista!

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Que a inflação estabilize e não faça/provoque a perda de poder de compra dos Portugueses, nem “coma mais” os baixos aumentos de salários que acontecem, porque aí com a inflação de 8% a 10%, já temos todos perdido poder de compra nestes últimos meses.

Na saúde, mais que pela igualdade, mais que pela justiça, que haja equidade no acesso dos cidadãos aos serviços e cuidados de saúde. Que os bebés passem a poder nascer na terra que os seus pais escolherem.

Noutra dimensão, é tempo, muito tempo já, de o Governo resolver grande parte dos problemas existentes com os recursos humanos da saúde, com os profissionais das “Carreiras Especiais”, nomeadamente os Enfermeiros. Julgo que governo e Assembleia da República estão desfocados da realidade, por isso se permitem desigualdades gritantes. Ainda na semana passada, a Assembleia da República permitiu-se discutir uma petição e recusar a igualdade dos enfermeiros em contrato de trabalho em funções públicas e os enfermeiros em contrato individual de trabalho. Depois acontece a “sangria” de enfermeiros para o estrangeiro. Segundo a Ordem dos Enfermeiros “mais de 3000 enfermeiros saíram de Portugal desde o início da pandemia”.

No fundo, nos pilares essenciais de uma democracia e de um País desenvolvido – saúde, educação, justiça e Segurança Social – possam ser desenvolvidas políticas que beneficiem e protejam as famílias, fixem os cidadãos no seu país e haja perspectiva de um bom futuro para os jovens, a vida mais desafogada para os idosos e classe média, que com este socialismo de pacotilha e esta avassaladora carga fiscal tende a desaparecer.

Que haja um repensar cuidadoso, mas mais exigente, na atribuição do “Rendimento Social de Inserção-RSI”, para que não se gastem fortunas abissais, todos os meses, para manter vícios de quem não quer e pode trabalhar e de quem nada dá em troco à sociedade, que desconta e lhe paga tão chorudos subsídios mensais. Há pessoas e famílias dependentes destes subsídios há anos! Se o povo soubesse quanto se gasta mensalmente nestes RSI’s, havia uma revolução. E tantos idosos, que ao fim de uma vida de trabalho e descontos, recebem míseras reformas!

Caro Ano de 2023, sei que posso estar a pedir muito, mas todos nós precisamos de um cheque de 450€ mensais para o Uber, nas nossas deslocações para o trabalho. E vamos precisando também de uma indemnizaçãozinha extra de 500.000€ para equilibrar as nossas despesas e encargos, porque afinal, contribuímos também tanto para os cofres do Estado e para a sobrevivência da TAP.

Ficamos a aguardar que com o compaginar destas semanas e meses, no final deste teu mandato de 2023, possamos fazer um balanço positivo de tudo o que se viveu. Acima de tudo, que não faltem enfermeiros e médicos nos centros de saúde e hospitais. Que não faltem professores nas escolas. Que haja mais juízes para diminuir a morosidade da Justiça e que na Segurança Social, todo o dinheiro arrecadado seja bem gerido, para não faltar às reformas de todos os que para lá contribuem!