Em Portugal, deparamo-nos com uma questão preocupante: nos próximos anos, serão necessários 40.000 professores adicionais devido à antecipação da idade da reforma em 3 meses. Enquanto os governos anteriores não fizeram nada para enfrentar essa problemática, o atual Governo decidiu implementar um plano que visa solucionar diversos desafios do país.

Uma das medidas adotadas é permitir que cidadãos brasileiros possam concorrer a cargos de professores, desde que tenham nacionalidade portuguesa ou o Estatuto de Igualdade de Direitos, concedido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Essa iniciativa possibilita que profissionais interessados em lecionar em Portugal possam vir para o país, economizando recursos e tempo, já que eles já estão formados. Essa pode ser uma excelente oportunidade para promover mudanças estruturais tão desejadas pela população, embora a responsabilidade de implementá-las recaia sobre os políticos.

Além disso, o Governo está a assumir um papel generoso ao ajudar as minorias pobres, o que pode garantir o apoio dos eleitores nas próximas décadas. Já existem inúmeros documentos e vídeos explicativos sobre o processo de inserção desses profissionais estrangeiros.

No entanto, é lamentável que a mesma caridade não seja estendida aos jovens em busca de oportunidades no mercado de trabalho. Eles são forçados a deixar o país à procura de melhores perspetivas. Seria positivo se medidas semelhantes fossem adotadas para facilitar a inserção desses jovens no mercado de trabalho, evitando a sua emigração.

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Embora ajudar um país que compartilha a mesma língua seja importante, é fundamental também considerar os representantes políticos das minorias que já residem em Portugal. Recentemente, foram incluídos representantes de comunidades minoritárias nas listas para as eleições autárquicas do distrito de Lisboa, porém, infelizmente, não foram posicionados em lugares elegíveis. No entanto, esses acontecimentos abrem caminho para a inovação política na próxima década.

Essas medidas garantem a quantidade necessária de professores para o ensino público e privado nas próximas décadas. Para os alunos, isso não fará muita diferença, pois eles já estão acostumados a assistir a youtubers brasileiros diariamente. No entanto, ainda enfrentamos desafios significativos, como a escassez de habitação para os profissionais que desejam viver e trabalhar em Portugal, além da falta de inclusão das elites políticas das comunidades minoritárias nos partidos políticos portugueses.

Dessa forma, embora se trate de uma possibilidade fictícia, considero que a multiculturalidade na política portuguesa pode contribuir positivamente para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.