Durante anos eu ouvi o maior Sindicato de Professores a dizer: “Colegas a direita congelou a carreira dos Professores.”

Eu ouvi muitas vezes incrédula, os Professores a dizerem: “Quem congelou a carreira dos Professores foi o PSD.”

Vários milhares de Professores acreditavam nesta informação. Mas o PSD não congelou a carreira dos Professores.

Esta questão é uma questão de posicionamento, a direita do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda é o Partido Socialista, mas a direita para os Professores é o Partido Social Democrata e Aliança Democrática.

Nos últimos dois anos o Mundo mudou e o Sindicalismo mudou. Os Sindicatos “donos” de vários milhares de votos, já não conseguem angariar os tais votos. E os Professores já sabem quem congelou a carreira dos Professores: o PS; os Professores já sabem quem implementou a PACC: o PSD; os Professores já sabem quem fez e o que fez.

Os Professores já sabem, não porque leram os milhares de decretos-lei, mas sim porque as redes sociais, jornais digitais e blogs também permitem divulgar a informação, dar a conhecer se a informação é falsa ou não.

Os “donos dos votos” dos Professores já não têm o poder que tinham, surgiram novos sindicatos que vieram baralhar as contas.

Com uma nova força política no jogo, as contas também ficam baralhadas.

Nos programas eleitorais existem múltiplas promessas, mas a recuperação do tempo de serviço docente é uma promessa comum. Nesta eleição, sem o impacto dos “ donos dos votos”, os resultados eleitorais são inesperados, o PS e o PSD estão empatados, por mais sondagens que sejam publicadas, julgo que será um cenário inesperado. Além de dois grandes partidos irem a jogo, existe um partido de proporção média, um partido recente, e cinco outros partidos pequenos. Os partidos pequenos podem crescer ou morrer depende dos atores, das lideranças e das propostas eleitorais. Os cinco partidos mais pequenos, com menos de oito deputados, terão a responsabilidade de viabilizar o próximo governo e são fundamentais para a manutenção da democracia.

Em conclusão, na minha opinião estas eleições são as mais importantes após o 25 de Abril, e todos devemos votar, porque quem não luta pelo que quer, aceita o que vier.

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