O Ministério da Defesa da Grécia, liderado pelos gregos independentes, parceiro de coligação do Syriza, voltou nesta sexta-feira a discutir a possibilidade de distribuir brochuras e mandar os historiadores do Exército grego fazerem uma atualização dos livros de história do primeiro e segundo ciclo, para incluir um capítulo especial sobre a destruição provocada pela Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial na Grécia e a questão das reparações de guerra.

Segundo o jornal grego Tanea, esta questão foi discutida em duas reuniões na segunda-feira e nesta sexta-feira. Os livros e brochuras seriam atualizados e publicados pelo Exército e distribuídos gratuitamente aos alunos. À televisão grega, a deputada do ANEL Stavroula Xoulidou explicou que a distribuição destas brochuras deve ser feita pelo Ministério da Defesa, acusando o Ministério da Educação de “piratear a história do país durante 35 anos”, devido à sua responsabilidade na elaboração dos livros escolares.

“Devemos incluir em todos os livros de história do primeiro e segundo ciclo a destruição causada pela Alemanha na Grécia moderna”, disse. A ideia, explicou, passa pela elaboração de mais 20 a 25 páginas com esta parte da história. A reunião de segunda-feira no Ministério da Defesa teve como objetivo discutir a questão da alegada dívida de guerra alemã e foram examinadas iniciativas “para a restauração da memória histórica” à volta deste tema.

Em comunicado, o Ministério disse na altura que foi discutida a organização de eventos em Atenas e nos locais afetados pelas atrocidades nazis, assim como nos locais historicamente conotados com a resistência grega à invasão das tropas alemãs e italianas.

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