O antigo líder do PSD disse este sábado que a possível de candidatura de Sampaio da Nóvoa (e apoio do PS) às presidenciais do próximo ano, é uma prenda de Páscoa para Marcelo Rebelo de Sousa, potencial candidato da direita. Como alguns dos pontos desfavoráveis do professor universitário, Mendes aponta a falta de popularidade e de experiência em cargos políticos. O advogado anunciou ainda que o Banco Popular e o Bank of China não passaram à próxima fase de aquisição do Novo Banco e as cinco instituições que ainda estão na corrida são: Santander, BPI, Fosun, Apollo e Anbang Insurance Group.

No seu espaço de comentário habitual no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes disse que para o Partido Socialista, a candidatura de Sampaio da Nóvoa é “uma candidatura de recurso” não havendo a possibilidade de apoiar Guterres ou António Vitorino e que se trata de uma candidatura de um “outsider da política”, algo que é “uma novidade” em Portugal, questionando se o país quer um Presidente sem currículo político. Para os restantes candidatos, o antigo líder do PSD considera que esta antecipação na corrida eleitoral vem tirar espaço a Carvalho da Silva – candidatura “está bastante liquidada” – e para Marcelo, é uma “prenda de Páscoa”.

Marques Mendes antevê ainda que a possível candidatura de Sampaio da Nóvoa com apoio socialista, pode causar divisões dentro do partido, referindo o artigo de Francisco Assis no Público, quando este pediu uma “candidatura presidencial genuinamente de centro-esquerda”.

Sobre as legislativas, Marques Mendes considera que António Costa fez bem em sair da Câmara Municipal de Lisboa, embora já o devesse ter feito há mais tempo. “Ao longo destes seis meses, Costa foi uma certa desilusão. […] A grande questão é José Sócrates. Costa tem de se livrar do fantasma de José Sócrates. Ele está feito ao bife”, disse o antigo dirigente social-democrata. Quanto à coligação, Mendes deixou um aviso a Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, pedindo-lhes que sigam o exemplo de Sá Carneiro em 1980 e para além do PSD e CDS, nas próximas eleições, consigam reunir “um conjunto de cidadãos não filiados” que “dê uma nova face e permita uma coligação abrangente”.

Mendes prevê que o acordo na coligação PSD/CDS-PP estará fechado entre o final de abril e início de maio.

Já em relação ao Novo Banco e ao seu processo de aquisição, Marques Mendes revelou este sábado que a lista de cinco potenciais compradores é composta por Santander, BPI, Fosun (grupo chinês que quer entrar no mercado ibérico de bancos), Apollo (fundo de private equity norte-americano) e Anbang Insurance Group (seguradora chinesa chinesa que adquiriu à Hilton Hotels o Waldorf Astoria, no coração de Manhattan). Fora da corrida estão o Bank of China e Banco Popular.

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