O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho lamentou neste sábado que o PS não esteja disponível para inscrever na Constituição um limite ao endividamento público, considerando que seria importante para “afastar dúvidas para o futuro”. “Tenho pena que, perante as dúvidas que a política económica que o Partido Socialista defende para Portugal, não esteja disponível para inscrever uma limitação constitucional ao endividamento do país”, disse o chefe do Governo em declarações aos jornalistas no final de uma cerimónia de entrega de diplomas aos finalistas da Universidade Lusíada, em Lisboa.

“Uma vez que pela mão do governo socialista, no passado, a dívida entrou num caminho de insustentabilidade e devido às dúvidas que o programa económico do Partido Socialista suscitam, o mínimo que se exigia para afastar dúvida para o futuro era inscrever na Constituição que mesmo que os socialistas governem, o Tribunal Constitucional nunca aceitará medidas que qualquer governo venha a empreender e que ponham em causa a sustentabilidade da dívida pública”, acrescentou.

Passos Coelho lembrou que a dívida entrou num caminho de insustentabilidade com os governos socialistas e argumentou que a razão porque o rácio da dívida sobre o Produto Interno Buto tem subido durante o seu governo deve-se “ao défice de 11% que o governo herdou em 2011”, que obrigou a continuar a aumentar o endividamento para acomodar as despesas.

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