Doze hospitais foram bombardeados durante o último mês na Síria, de acordo com uma comunicado dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgado neste quinta-feira. A organização referiu que, entre os estabelecimentos atingidos, contabilizam-se seis que são geridos pela MSF e que a situação levou ao encerramento de cinco unidades.

Durante o período em causa, houve 35 vítimas mortais, incluindo pessoal de equipas médicas e doentes, e ainda 72 feridos em locais como Aleppo, Idlib e Hama. A MSF considera que os ataques a centros hospitalares violam o direito internacional e denuncia um aumento “significativo” destas iniciativas, embora não identifique os responsáveis. Organizações não governamentais que se encontram em território sírio têm apontado o dedo aos ataques realizados pela Rússia, em apoio ao exército fiel ao presidente da Síria, Bashar al-Assad.

A guerra civil na Síria dura há cinco anos e, durante o conflito, 700 profissionais de assistência médica perderam a vida, em resultado de mais de 300 ataques a centros hospitalares do país, segundo dados dos Médicos pelos Direitos Humanos, a maioria dos quais são atribuídos a forças leais ao governo de Assad, 

A MSF afirmou, ainda, que os ataques em causa já deslocaram dezenas de milhares de pessoas e que chegada do inverno vai dificultar a prestação de cuidados médicos a esta população. 

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