Não é um manuscrito qualquer. O Código Voynich é tido como um dos grandes mistérios no mundo da literatura e a fama advém do facto de ninguém o conseguir ler. O livro medieval decompõe-se em 234 páginas e está bem guardado nas estantes da Biblioteca Beinecke da Universidade de Yale, nos Estados Unidos da América. Apesar de ter cerca de 600 anos, a obra volta a ser notícia porque vai ser copiada pela editora espanhola Siloé, facto que vai permitir aos peritos desvendar os segredos do Voynich sem fazer quaisquer estragos na versão original.

O manuscrito permanece um mistério desde que foi descoberto por acaso em 1912 por um livreiro lituano de nome Wilfrid Wojnicz na mansão Villa Mondragone, perto de Roma, em Itália. Foram várias as hipóteses para a sua origem e leitura, mas até hoje pouco ou nada se conhece sobre a obra.

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Escreve o El País que não se sabe quem o escreveu ou ilustrou, nem se conhecem as intenções do autor e muito menos o idioma que se encontra desenhado nas suas páginas — há quem aponte para sânscrito, há quem aposte noutra língua oriental. E há também a hipótese de tudo não passar de uma fraude bem forjada. O mesmo jornal dá conta que só no ano passado um professor da Universidade de Berdforshire, no Reino Unido, garantiu ter decifrado 14 símbolos dos milhares que se encontram no livro.

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Agora cabe a Juan José García e Pablo Molinero, ambos proprietários da Siloé, replicar o manuscrito. A Siloé é uma editora especializada em clonar livros de igual sensibilidade e valor — em 20 anos de carreira, se o pudermos dizer assim, apenas editou 30 obras. A responsabilidade é grande até porque é García quem diz que o Voynich é “o livro mais famoso depois da Bíblia”.