Líderes e instituições de todo o mundo celebraram, na quarta-feira, o anúncio de cessar-fogo bilateral e definitivo entre o Governo colombiano e a guerrilha das FARC, após meio século de conflito.

Apesar de só esta quinta-feira serem divulgados os pormenores do acordo, fontes próximas da mesa de negociações indicam que este representa um mapa com os passos e condições para tornar o cessar-fogo efetivo.

Da América à Europa, presidentes, ministros dos Negócios Estrangeiros, organismos de integração, entre outros, expressaram satisfação com este passo que coloca o país a um passo da paz.

A ONU confirmou que o seu secretário-geral, Ban Ki-moon, vai liderar uma missão a Havana, esta quinta-feira, quando o conteúdo do acordo é divulgado, incluído o difícil esquema de desarmamento dos guerrilheiros.

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O presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, também estará presente, bem como o do Conselho de Segurança, François Delattre.

“Os Estados Unidos acolhem com agrado o anúncio”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby.

“Este acordo constitui um grande passo para alcançar a paz estável e duradoura na Colômbia, e é uma esplêndida notícia para a Ibero América e para toda a comunidade internacional”, disse o Governo espanhol.

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, escreveu no Twitter: “”#SíALaPaz Celebramos e apoiamos o histórico acordo entre Juan Manuel Santos e as FARC para um cessar-fogo bilateral e definitivo”.

As manifestações de apoio e regozijo chegaram de instituições e governos de todo o mundo, em particular da América Latina.

Além de mensagens do gabinete norte-americano para o combate internacional aos narcóticos, da União de Nações Sul-americanas (Unasur), da Comunidade Andina (CAN), o “feito histórico” da Colômbia foi saudado pelos chefes de Estado do Chile, República Dominicana, Bolívia, Costa Rica, Guatemala e Peru.

O antigo Presidente do Uruguai José Mujica afirmou que não aproveitar esta oportunidade de paz seria um “erro garrafal”. O acordo recebeu o aplauso dos ministros dos Negócios Estrangeiros do México, Brasil, El Salvador, e também da Alemanha.

O anúncio de acordo foi ainda celebrado por várias associações de vítimas do conflito armado.