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Comandos. Mais de metade nunca chega ao fim dos cursos

Este artigo tem mais de 5 anos

A taxa de abandono dos cursos de Comandos, ao longo dos últimos cinco anos, tem estado sempre acima de 50%, um valor quase sempre superior às restantes forças especiais do Exército.

Este ano, o curso de Comandos começou com 67 recrutas, mas apenas prosseguem o curso 30 formandos
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Este ano, o curso de Comandos começou com 67 recrutas, mas apenas prosseguem o curso 30 formandos

MARIO CRUZ/LUSA

Este ano, o curso de Comandos começou com 67 recrutas, mas apenas prosseguem o curso 30 formandos

MARIO CRUZ/LUSA

Nos últimos cinco anos, os cursos de Comandos do Exército têm registado uma taxa de abandono acima dos 50%, quase sempre superior à das outras forças especiais do Exército. De acordo com informações obtidas pelo Observador junto deste ramo das Forças Armadas, e que ainda não incluem os números relativos ao 127.º curso de Comandos (em que morreram dois soldados e mais de uma dezena foram internados), 57% dos recrutas saíram do último curso. A maior taxa de abandono foi registada em 2014, quando 76% dos candidatos não chegaram ao final do curso.

55%

Taxa de abandono do 127.º curso de Comandos (informação disponível até agora).

Dos 67 formandos que começaram o curso, apenas 30 ainda continuam os exercícios. Dois militares morreram na sequência dos treinos, 26 desistiram voluntariamente e nove foram eliminados.

O curso de Paraquedistas, a outra grande força especial do Exército, tem registado taxas de abandono inferiores às dos Comandos, exceto neste ano de 2016, em que 64% dos candidatos a Paraquedistas não chegaram ao final do curso. Nesta especialidade, tem-se verificado um aumento da taxa de abandono, especialmente após 2013. Até aí, cerca de três quartos dos recrutas terminavam o curso. Depois desse ano, abandonaram a formação sempre mais de metade dos candidatos.

Entre as causas que levam ao abandono, encontram-se a desistência voluntária, a eliminação por falta de aptidão técnica, o abandono por motivos médicos e a morte.

Em relação às desistências voluntárias, o curso de Comandos tem registado uma diminuição acentuada, passando inclusivamente de 34 desistências em 2013 para nenhuma em 2014. Em trajetória contrária estão as desistências voluntárias nos Paraquedistas, que são atualmente o motivo de abandono de 30% dos recrutas. Também as eliminações por falta de aptidão técnica têm representado uma grande parte dos abandonos: nos Comandos, cerca de 25% dos recrutas são todos os anos eliminados por falta de capacidades técnicas. Já nos Paraquedistas, o número de recrutas eliminados por este motivo tem vindo a aumentar gradualmente — em 2012, apenas três candidatos foram forçados a abandonar o curso por falta de capacidades, enquanto em 2016 cerca de 25% dos abandonos se devem a este motivo.

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Ao nível de abandonos por motivos médicos, tanto os Comandos como os Paraquedistas registam uma evolução semelhante até 2014. A partir desse ano, tem havido cada vez mais recrutas a ser excluídos do curso de Comandos por motivos médicos, enquanto nos Paraquedistas se tem registado uma diminuição deste fator. A morte é a causa menos registada, apenas com uma ocorrência, nos Paraquedistas, em 2012. Como não se incluem nestes dados ainda o 127.º curso de Comandos (os dados de 2016 correspondem ao 126.º curso), ainda não figuram no gráfico as mortes de Hugo Abreu e Dylan da Silva, este ano.

A terceira força especial do Exército, o Centro de Tropas de Operações Especiais, de Lamego, regista taxas ainda menores — apesar de dificilmente ser comparável com os Comandos e os Paraquedistas, por ter substancialmente menos candidatos, e estarem divididos em três cursos (para os que estão no quadro permanente, para os praças em regime de voluntariado ou contrato e ainda para os sargentos e oficiais em regime de contrato). Nestes cursos, não são raras as taxas de desistência de 0%, especialmente no que toca aos oficiais do quadro permanente.

Este ano, o curso de Comandos começou com 67 recrutas, mas apenas prosseguem o curso 30 formandos. Hugo Abreu morreu a 4 de setembro, na sequência de um treino, e Dylan da Silva veio a morrer uma semana depois, após ter estado internado em estado crítico, à espera de um transplante de fígado. Adicionalmente, 26 candidatos desistiram e nove foram eliminados, informava o Exército no final de setembro.

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