As portas acabaram de abrir e já há uma tímida lista de mais de 2 mil pessoas com reserva feita. A expetativa é grande e não é caso para menos: o Enigma é o mais recente projeto do cozinheiro e empresário catalão Albert Adrià, irmão do Ferran Adrià, o cérebro por trás da cozinha do mítico elBulli, encerrado em 2011, e considerado por cinco vezes o melhor restaurante do mundo. Não se desanimem, porém, os interessados: quem se inscrever no site do restaurante poderá sempre ser brindado com alguma desistência alheia. O valor da reserva são 100 euros, por pessoa, que é subtraído aos 220 euros do menu (também por pessoa). Local: Barcelona.
O restaurante tem inúmeros toques futuristas, com muros transparentes que criam ilusões enigmáticas, um ambiente de fantasisa e a aparência que se está perdido algures na galáxia, conta o Metropoli, do El Mundo.
O restaurante é uma recriação do elBulli adaptado, porém, ao ano de 2017. Os Enigma, diz o seu responsável, quer ser um restaurante com uma “experiência gastronómica revolucionária”, tal como foi o seu antecessor. Aliás, lê-se no site do restaurante [ele próprio enigmático], “o Enigma é uma experiência única e que não se repete, por esta razão, não há maneira de prever o que é o menu.”
O Enigma quer surpreender não apenas pelas refeições como pelo próprio espaço, num conceito que rompe com o que, tradicionalmente, entendemos por restaurante. Com 700 metros quadrados, está dividido em diferentes espaços, cada qual com a sua “aventura”. Apenas 24 clientes previlegiados poderão, de cada vez, aceder ao local.
“A nível de alta gastronomia, não me posso expressar mais do que com o Enigma”, explica o chefe ao site de hotelaria ProfesionalHoreca. “Aqui, tudo está pensado até ao último detalhe: as mesas, as cadeiras e até os pratos foram criados especialmente e apenas para este restaurante.” Juntamente com Albert, nomes como Oliver Peña, Cristina Losada ou Marc Álvarez estão dispostos a dar uma continuidade e evolução ao restaurante.
O restaurante conta com 7 espaços diferentes, mas, atenção, nem todos serão sempre utilizados, nem os visitantes passarão a refeição inteira no mesmo sítio. E, claro, o menu também nunca será sempre o mesmo, conta o El País. Desde que se entra no restaurante, é-se recebido com um passeio de duas horas e meia, com direito a seis paragens e respetivos momentos de degustação, num “labirinto de corredores de vidro” onde, como descreve o El País, dificilmente os vários clientes se cruzam.