A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) realiza, esta quarta-feira, uma vigília de protesto contra a “indefinição” vivida pelos polícias da quinta divisão policial do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), que desconheçam se vai ser encerrada. A vigília, que se realiza a partir das 11h em frente à sede da quinta divisão policial, não tem como objetivo protestar contra o encerramento, mas sim manifestar o desagrado pela “indefinição de saber o que vai acontecer” àquela divisão policial do Cometlis, disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues.

Segundo a ASPP, desde junho de 2016, que os polícias “vivem na indefinição de saber o que irá acontecer à 5.ª divisão policial do Cometlis, uma vez que já foi referido pela direção nacional da PSP que iria encerrar e que passaria a ser uma divisão afeta às Equipas de Intervenção Rápida”.

Paulo Rodrigues disse também que esta questão já foi colocada à direção nacional da PSP e ao Ministério da Administração Interna, mas nunca foi obtida qualquer resposta. “A indefinição vivida fez com que profissionais solicitassem, legitimamente, a transferência de local de serviço, deixando aquela divisão com menos efetivos mas, como continua aberta, com o mesmo volume de trabalho”, refere a ASPP, considerando que esta indefinição “poderá vir a afetar a qualidade do serviço prestado aos cidadãos”.

Contactada pela agência Lusa, a direção nacional da PSP referiu que a quinta divisão policial do Cometlis vai ser encerrada “enquanto estrutura”, passando Lisboa a ter quatro divisões policiais.

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O porta-voz da direção nacional da PSP, intendente Hugo Palma, adiantou que as esquadras que integram a quinta divisão não vão fechar, sendo divididas pelas restantes divisões.

Hugo Palma garantiu que o atendimento ao público e o patrulhamento vão manter-se, desaparecendo apenas os serviços administrativos da quinta divisão, que vão ser absorvidos por outras divisões, o que afetará algumas dezenas de profissionais.

Segundo a PSP, o encerramento da quinta divisão policial do Cometlis não deverá ocorrer em 2017 e ainda não há uma decisão se estas instalações vão passar a acolher as Equipas de Intervenção Rápida de Lisboa.