O que já sabemos

Uma explosão no metro de São Petersburgo matou dez pessoas e “mais de 30 feridos” — os números têm flutuado ao longo da tarde, consoante as últimas atualizações dadas pela ministra da Saúde ou outras autoridades.

A explosão aconteceu entre as estações de Sennaya Ploschad e Tekhnologichesky Institut, na linha azul. São localizações bastante centrais em São Petersburgo, que ficam logo a seguir à estação da Nevsky Praspekt, uma das principais avenidas daquela cidade;

Tudo indica que seja um atentado terrorista. No terreno, o Comité Nacional Antiterrorista russo disse que a explosão foi causada por uma bomba caseira. Além disso, foi encontrada uma segunda bomba, escondida num extintor, que foi desarmada. Para falar do que se passou hoje, Dimitri Medvedev utilizou a expressão “atentado terrorista” e o procuradoror-geral também.. Enquanto isso, no local, as autoridades e equipas de socorro estão a reagir como se estivessem perante um ataque;

Vladimir Putin falou pouco depois de ser conhecida a notícia da explosão. Na altura, ainda não havia certezas de que era um atentado terrorista, mas o Presidente russo disse logo que não descartava essa hipótese: “Todas as causas possíveis para a explosão estão a ser contempladas, incluindo a versão de um ataque terrorista”. O Presidente russo está reunido em Strelna, nos arredores de São Petersburgo, com o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukachenko, Ambos apresentaram as suas condolências aos familiares dos mortos;

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O metro foi totalmente evacuado, estão a ser feitas buscas por outros engenhos explosivos e foi enviada uma equipa de minas e armadilhas para o local. O metro chegou a estar com a circulação totalmente interrompida, mas entretanto já foi retomada. Para compensar as insuficiência do metro, os restantes meios de transporte podem ser usados de forma gratuita, para facilitar aqueles que queiram ir para casa ou desejem ir ao hospital;

Já houve também várias reações internacionais, como do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres; Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança e vice-presidente da União Europeia; ou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO. Além disso, já houve reações de países atualmente próximos do Kremlin (Síria, Bolívia ou Síria) ou outros cujas relações com a Rússia já foram melhores. Entre estes, estão a Ucrânia (que acusa a Rússia de invasão na Crimeia) ou a Geórgia, que esteve em guerra com a Rússia em agosto de 2008.

O que falta saber

Não se sabe quem é o responsável pela explosão, que tudo indica ter sido um ataque terrorista. Para já, ninguém reivindicou o atentado. E, apesar de circular uma imagem de vigilância com o alegado bombista, a sua identidade não é para já conhecida. A Interfax diz que as autoridades estão à procura de duas pessoas — mas não se sabe se uma delas é a mesma que aparece nas imagens captadas pelas câmaras de vigilância;

Se for um ataque terrorista — até agora, a hipótese mais forte —, ainda não é sabido quem estará por trás dele. Em 2010, 40 pessoas morreram num atentado terrorista no metro de Moscovo. Nessa altura, o atentado foi da responsabilidade de duas mulheres russas de etnia chechena. Não será surpreendente se o que aconteceu esta segunda-feira em São Petersburgo tiver a mesma origem. Neste momento, a Rússia participa ativamente no auxílio militar e logístico do regime de Bashar Al-Assad na guerra da Síria. Entre os alvos, para além de vários grupos da oposição dita moderada, está também o autoproclamado Estado Islâmico — do qual fazem parte várias chechenos. Assim, se for confirmado que estamos perante um atentado terrorista, esta é uma tese com bastante força. Mas ainda não foi provada;

Há mais bombas? Depois da explosão, foi encontrado e desarmado um segundo engenho explosivo. Ainda não se sabe se há mais bombas ou não — algo que a equipa de minas e armadilhas está a tentar apurar.