O ataque que os Estados Unidos lançaram na última sexta-feira contra a base aérea de al-Shayrat, na Síria, destruiu 20% dos aviões do exército do regime de Bashar al-Assad, disse esta segunda-feira o secretário da Defesa dos EUA, James Mattis.

Em conferência de imprensa, o líder do Pentágono afirmou que a resposta americana ao ataque químico que matou 87 pessoas na Síria, “resultou em danos ou na destruição total de locais de armazenamento de combustível e munições, da capacidade de defesa aérea e de 20% da frota aérea operacional da Síria”.

Mattis disse ainda que “o governo sírio perdeu a capacidade de reabastecer ou rearmar aeronaves em al-Shayrat e, neste momento, a pista está inativa”. Por isso, defendeu o responsável pela Defesa dos EUA, a Síria está “desaconselhada a alguma vez tornar a usar armas químicas”.

Porque é que os EUA atacaram a Síria?

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Mattis explicou ainda que o ataque norte-americano foi estudado de forma a evitar atingir armazéns de substâncias químicas, uma vez que um ataque desse tipo poderia libertar toxinas mortíferas para o ar.

Apesar de o ataque ter sido direcionado apenas para infraestruturas e não a alvos humanos, o exército sírio anunciou que a operação matou pelo menos nove pessoas e deixou várias dezenas de feridos entre o pessoal da base aérea. O exército sírio retomou a utilização daquela base aérea no sábado, operação que levantou muitas questões sobre o sucesso da operação de ataque à estrutura, motivando as declarações por parte do líder do Pentágono.

Os EUA lançaram, na madrugada da última sexta-feira, 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea síria de al-Shayrat, nos arredores de Homs, cidade de onde tinha sido lançado o ataque químico da terça-feira anterior. Os mísseis foram disparados a partir de dois navios da armada norte-americano, parados no Mar Mediterrâneo, por volta das 4h da manhã.