Os bispos de Portugal renovaram esta quinta-feira o seu apoio ao trabalho que a Cáritas “abnegadamente realiza, a nível nacional e em todas em dioceses, ao serviço dos pobres em termos de autêntico e genuíno voluntariado”. Reunida em Fátima nos últimos três dias, a Conferência Episcopal Portuguesa anunciou, em comunicado, que “espera que os católicos continuem a proporcionar condições para que ela [a Cáritas] possa prestar atenção os mais vulneráveis da sociedade portuguesa assim como responder a causas de emergência social no país ou em qualquer parte do mundo”.

Além disso, os bispos portugueses garantem que “a distribuição das ofertas recebidas através da generosidade dos portugueses continuará a acontecer em espírito de transparência, confirmando a reconhecida credibilidade que, ao longo de anos, a Cáritas granjeou junto da população”.

A Cáritas Diocesana de Lisboa está no centro de uma polémica desde que o jornal Público divulgou que a instituição tinha mais de dois milhões de euros retidos em contas bancárias.

Cáritas de Lisboa sob investigação. Instituição tem 2,4 milhões de euros retidos

A notícia referente à Cáritas de Lisboa teve um impacto direto na atividade da instituição a nível nacional, que este ano pela primeira vez começou a receber menos apoios nos peditórios em todo o país. Nos últimos três anos, a Cáritas de Lisboa distribuiu mais de 641 mil euros a pessoas carenciadas na diocese de Lisboa, segundo um relatório citado pela Agência Lusa no início do mês passado.

Depois da divulgação da notícia do Público, o Patriarcado de Lisboa veio justificar a reserva financeira de 2,4 milhões de euros com o objetivo de “garantir a sustentabilidade dos serviços e a prossecução de projetos sociais relevantes”. Segundo um comunicado do Patriarcado, a Cáritas de Lisboa tem “um conjunto de encargos permanentes com o funcionamento dos seus serviços e o pagamento dos respetivos profissionais”.

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