O artista sul-africano William Kentridge, “um dos artistas mais completos e inovadores do panorama internacional”, foi distinguido com o Prémio Princesa das Astúrias das Artes 2017, foi anunciado esta quinta-feira.

William Kentridge transmite na obra artística “emoções e metáforas relacionadas com a história e a realidade do seu país, mas que também as transcendem”, lê-se na ata do júri, reunido esta quinta-feira em Oviedo, Espanha.

No entender do júri, o trabalho do autor sul-africano, nascido em Joanesburgo em 1955, “deixa importantes questões sobre a condição humana, conjugando temas nos quais predomina a investigação puramente poética e estética com os de conteúdo sociopolítico”.

O trabalho do artista, “meticuloso e profundo”, estende-se à pintura, desenho, colagem, fotografia, escultura, videoarte, encenação para teatro e ópera.

Na última década, viu a obra artística ser celebrada em museus como o Louvre, em Paris, e o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.

Em outubro terá uma exposição no Museu Reina Sofía, de Madrid.

Em Portugal, a obra de William Kendrisge está representada, por exemplo, na Coleção Berardo e na Fundação Caloustte Gulbenkian.

O artista sul-africano expôs pela primeira vez em Portugal em 2005, com a instalação “Viagem à Lua/Sete Fragmentos para Georges Méliés/O Dia pela Noite”, no Museu do Chiado, em Lisboa, no âmbito do Festival Temps d’Images.

Anos antes, Kentridge encenou em Lisboa a ópera “Confessions of Zeno” (2003) e “Faustus in Africa” (2000).

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