Os piratas informáticos russos atacaram 21 estados norte-americanos durante as eleições legislativas de 2016, que acabaram por eleger Donald Trump para a presidência, avança a Reuters. Jeanette Manfra, especialista em cibersegurança do Departamento de Segurança Nacional dos EUA disse esta quarta-feira no Congresso que, apesar dos ataques, não havia provas de que os votos tivessem sido manipulados.

Os serviços de informações dos EUA concluíram que a Rússia montou uma operação para descredibilizar Hillary Clinton e ajudar a eleger Donald Trump. Esta operação consistia em ataques a contas de email e a propaganda online. Apesar de toda a polémica sobre as alegadas interferências russas nas eleições norte-americanas, Moscovo tem negado qualquer envolvimento.

Jeanette Manfra não revelou que estados tinham sido alvo dos ataques russos e essa foi uma das críticas do democrata Mark Warner. Arizona e Illinois são dois dos estados norte-americanos que confirmaram ter sido alvo de um ataque informático no sistema de registo dos votos.

Vladimir Putin, no entanto, chegou a admitir a existência de ataques, mas de freelancers “patriotas” que não estão às ordens do Kremlin. “Se eles [hackers] tiverem uma mente patriota, podem começar a fazer a sua própria contribuição para o que acreditam ser uma luta contra aqueles que falam mal da Rússia. É possível? Teoricamente, sim”, afirmou Putin recentemente durante uma conferência em São Petersburgo.

“A nível do Estado não tivemos envolvidos em nada, nem estamos a planear estar. É o oposto, estamos a tentar combater isso [pirataria informática] dentro do nosso país”, acrescentou o Presidente russo. Putin também disse que não acredita que hackers possam influenciar ou alterar eleições, sejam elas na Europa, EUA, ou qualquer outro lugar.

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