Pelo menos 120 investigadores da Polícia Judiciária deverão sair do ativo nos próximos meses, o que, segundo o sindicato dos investigadores da PJ, pode pôr em causa o funcionamento desta força de segurança, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias.

De acordo com a notícia do JN, os 120 investigadores deverão sair, em duas vagas, durante os próximos meses, para participarem em cursos de acesso a categorias superiores. A primeira vaga será já no próximo mês, com 40 inspetores e inspetores-chefes a saírem do ativo para entrarem num curso de dois meses para serem coordenadores. Em janeiro do próximo ano, mais 80 inspetores deixarão o ativo para ingressarem em cursos de formação, acrescenta o jornal.

Elementos da Judiciária denunciaram ao JN que os inspetores-chefes que vão sair terão de entregar os processos que têm em mãos “a colegas que já têm o mesmo número de inquéritos para investigar” e que “o pessoal vai ficar esgotado” em consequência do crescente número de saídas.

A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ está preocupada com a situação e diz mesmo que “a própria operacionalidade, em situação extrema, pode ser posta em causa“, sublinhando contudo que os inspetores “não deixarão serviço por fazer, por muito sacrifício pessoal que isso implique”.

Já o diretor nacional da PJ, Almeida Rodrigues, explicou ao JN que durante estes períodos “as ausências serão supridas pelos responsáveis das respetivas unidades orgânicas, com recurso à gestão flexível”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR