As autoridades que estão a investigar o atentado desta quinta-feira em Barcelona estão a virar as atenções para uma explosão de gás ocorrida na noite de quarta-feira em Alcanar, uma pequena cidade a sul de Barcelona. O incidente poderá estar no epicentro do planeamento do ataque e poderá até ter precipitado o atentado, admitiu esta manhã o líder dos Mossos, a polícia catalã.

Mas afinal que explosão foi esta? Segundo as autoridades catalãs, tratou-se de uma explosão provocada pela acumulação de gás no interior da moradia, por volta das 23h locais (22h em Lisboa). Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas na sequência do rebentamento e a explosão causou danos na fachada da casa do lado e ainda afetou duas casas em frente, devido à projeção de detritos.

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Uma pessoa foi detida na sequência da explosão: um suspeito, natural de Melilla. No interior da vivenda foram encontradas várias botijas de gás. Inicialmente, a explosão não foi relacionada com a possibilidade de terrorismo, mas as autoridades estão agora a repensar a investigação e o chefe da esquadra dos Mossos, Josep Lluis Trapero, já veio confirmar que tudo aponta para que naquela casa estivesse a ser preparado um atentado de grandes dimensões.

“Estes atentados estavam a ser preparados desde há algum tempo na casa de Alcanar”, sublinhou Trapero. Segundo o chefe dos Mossos, podiam estar a ser preparados “um atentado ou vários”, e a explosão “precipitou os acontecimentos”, evitando “um atentado de maior alcance”.

Isto porque os explosivos que foram encontrados naquela casa estariam a ser testados para um potencial atentado, mas o ataque teve de ser antecipado devido ao incidente. A polícia já informou que os cinco ocupantes do veículo que preparava novo atropelamento em Cambrils (todos abatidos) estavam “ligados ao grupo de Alcanar e relacionados coma pessoa que conduzia a carrinha no atentado em Barcelona”.

Entretanto, esta sexta-feira foi encontrado mais um cadáver nos escombros da casa. Uma segunda explosão ocorreu na casa quando as máquinas escavadoras começaram a trabalhar sobre os escombros (as explosões, ao que tudo indica, foram controladas). Desta segunda explosão, escreve a Cadena Ser, resultaram seis feridos, todos eles agentes da polícia da Catalunha.