Um incêndio nas instalações da polícia de Grenoble, em França, destruiu várias provas secundárias do caso de Maëlys de Araújo, a menina de nove anos que desapareceu na madrugada de 27 de agosto de um casamento em Pont-de-Beauvoisin. Jean Yves Coquillat, procurador de Grenoble, garantiu, contudo, que o número de provas destruídas é “muito pequeno” e que “não tinha grande interesse” para a investigação, cita o France Soir.

Apesar de terem ardido cerca de 50 viaturas que se encontravam nas instalações da polícia, na noite de quarta para quinta-feira, Coquillat explicou que o carro de Nordahl Lelandais, o principal suspeito, ficou intacto. O Audi 3, onde foi descoberto ADN da lusodescendente de nove anos, é a principal prova do rapto de Maëlys. Lelandais, que está em prisão preventiva desde finais de agosto, nega todas as acusações.

O France Soir refere que o fogo terá sido ateado por um grupo anarquista que, através do seu site oficial, explicou que foi um “ato que fez parte de uma onda de ataques solidários com as pessoas que vão ser julgadas nos próximos dias”, numa referência ao julgamento de oito indivíduos suspeitos de terem incendiado um carro da polícia e de terem agredido dois agentes durante uma manifestação contra a Lei do trabalho.

Maëlys desapareceu na madrugada de 26 para 27 de agosto durante uma festa de casamento numa quinta em Pont-de-Beauvoisi, a 85 quilómetros de Lyon. Foi vista pela última vez na sala das crianças. A mãe da criança, prima da noiva, deu por falta da filha quando passavam poucos minutos das 3h. Até ao momento, a polícia ainda não encontrou indícios do paradeiro da menina.

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