Aviões da força aérea israelita bombardearam e destruíram um túnel subterrâneo que ligava a faixa de Gaza a Israel e ao Egipto, noticiou a Reuters. A estrutura foi escavada pelo Hamas, o grupo islamista que controla o enclave palestiniano, e destinava-se a proporcionar acesso aos territórios dois dois países em situações de ataque.

Os testemunhos de residentes em Gaza referem que aviões de Israel bombardearam uma zona a leste da cidade de Rafah, situada no sul do enclave, junto às fronteiras israelita e egípcia. A ação decorreu neste sábado, durante a noite, e foi confirmada por fontes militares da força atacante. Não há registo de baixas militares ou civis.

As tensões entre Israel e o Hamas entrou num novo crescendo depois de ter sido anunciada a decisão de Donald Trump de deslocar a embaixada norte-americana em Israel de Telavive para Jerusalém, o que significa o reconhecimento desta cidade como capital israelita, um dos temas mais sensíveis no conflito israelo-palestiniano.

Desde 6 de dezembro, em protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, militantes palestinianos dispararam 18 rockets e tiros de morteiro a partir de Gaza contra território de Israel, mas sem causar feridos ou vítimas mortais. Dois atiradores, assim como 15 manifestantes palestinianos, foram abatidos por forças israelitas. Na sequência do início dos ataques provenientes do enclave, Benjamin Netanyahu responsabilizou o Hamas, enquanto força política dominante na faixa de Gaza, e avisou que Israel responderia “ainda com mais força” se as agressões prosseguissem.

Jonathan Conricus, porta-voz das forças armadas de Israel, afirmou que o túnel destruído neste sábado tinha 1,5 quilómetros de comprimento. O responsável acrescentou que a estrutura poderia servir para “transferir terroristas para o Egito” de onde poderiam desencadear ataques contra Israel. O túnel situava-se na fronteira de Kerem Shalom. Era uma porta para o contrabando das mercadorias que têm Gaza como destino e usada como meio de entrada de armas no enclave, posteriormente usadas por militantes do Hamas e de outros grupos islamistas.

Forças israelitas afirmaram terem destruído três túneis nos dois últimos meses, enquanto prossegue a construção de um muro subterrâneo equipado com sensores que vai estender-se ao longo dos 60 quilómetros da fronteira de Gaza.

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