A Comissão Política da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder em Moçambique, pediu esta quinta-feira ao Governo que tome ações para responsabilizar os autores de ataques armados em Mocímboa da Praia e arredores, no norte do país.

O conflito que está no terreno desde outubro foi abordado na reunião de quarta-feira da Comissão Política da Frelimo, em Maputo, e levou à tomada de posição do partido, expressa em comunicado neste dia.

Aquele órgão recomenda ainda que a polícia moçambicana reúna esforços para a prevenção e repreensão de ataques que já terão vitimado mais de 20 pessoas entre agressores, agentes das forças de segurança, militares e residentes naquela região.

Um grupo armado de aparente inspiração islâmica, mas de origem desconhecida, atacou, em outubro, postos policiais e sitiou a vila de Mocímboa da Praia durante dois dias, seguindo-se ataques a aldeias no mato — mas sem nunca haver reivindicações.

“A Comissão Política enaltece o movimento da sociedade civil pela manifestação em repúdio e condenação aos atentados contra a ordem, segurança e tranquilidade públicas”, acrescenta o comunicado da Frelimo. Dados da polícia moçambicana indicam que mais 300 pessoas já estiveram detidas desde outubro por suspeita de envolvimento nos episódios de violência, cuja origem e motivação continua por esclarecer.

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