Dificilmente os dois ex-funcionários da Tesla que trabalharam na Gigafactory Nevada, onde uma parceria com a Panasonic produz as baterias de que a marca norte-americana necessita, imaginariam o peso que a Northvolt, que fundaram na Suécia, adquiriria tão depressa. A primeira fábrica em solo nórdico está praticamente terminada e a segunda instalação fabril, localizada na Alemanha, estará operacional em 2024.

Como startup que é, a Northvolt negociou investimentos com os seus principais clientes para as baterias, sendo o exemplo mais evidente o da Volkswagen, que não só adquiriu uma enorme quantidade de baterias e ajudou a financiar a construção da fábrica sueca, como ainda acordou a construção de uma segunda instalação fabril na Alemanha, cuja propriedade vai deter a 50%. Para a Northvolt, o apoio facilitou o arranque e, para a Volkswagen, garantiu o fornecimento das células de que vai necessitar.

Depois da Volkswagen, também a BMW vê na empresa sueca um fornecedor de excelência de acumuladores. O Grupo BMW, que inclui a BMW, a Mini e a Rolls-Royce, assinou um contrato de longa duração para o fornecimento de baterias no valor de 1,7 mil milhões de euros, para células que serão fabricadas a partir de 2024 em Skelleftea, na Suécia.

Este acordo com a BMW permitiu à Northvolt financiar-se junto de um consórcio de bancos, fundos de pensões e instituições financeiras, em cerca de 1,36 mil milhões de euros. A verba a investir em investigação e desenvolvimento e na construção da fábrica sueca, que deverá arrancar em 2021 com uma produção anual de 40 GWh, é agora de 2,55 mil milhões de euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR