No final de 2013, dois terços da dívida pública portuguesa estavam nas mãos de investidores estrangeiros, de acordo com os dados que foram divulgados nesta quinta-fera pelo Eurostat. As estatísticas indicam que os investidores institucionais portugueses, o que inclui bancos e fundos, eram detentores de 28% dos empréstimos vivos ao Estado, enquanto 5% estava na posse das famílias.

A maioria da dívida pública contraída, equivalente a 51% do total, correspondia a títulos colocados no mercado, como obrigações e bilhetes do Tesouro, enquanto 44% se referia a empréstimos, em que estavam incluídos os valores cedidos pela troika a partir de Maio de 2011, quando foi assinado o memorando de entendimento sobre o programa de ajustamento. Do valor total da dívida acumulada pelo Estado português, 5% correspondia a depósitos e a reservas em moeda.

Os números divulgados pelo gabinete de estatísticas sedeado no Luxemburgo referem que, em 2013, 88% da dívida pública nacional estava denominada em euros e o restante em moeda estrangeira. Este dado surge um dia depois de o Estado ter colocado no mercado uma emissão sindicada em moeda norte-americana, no valor de 4,5 mil milhões de dólares [3,3 mil milhões de euros], a uma taxa de juro equivalente em euros a 3,65%. Ao todo, 311 investidores participaram na emissão, a grande maioria proveniente dos Estados Unidos da América (86%).

Na União Europeia, 81% da dívida pública correspondia a emissões de títulos, 16% a empréstimos e o restante assumia a forma de depósitos e reservas. Malta, República Checa e Reino Unido tinham, no final de 2013, uma fatia de 90% da dívida resultante da emissão de títulos.

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