A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse nesta sexta-feira que há empresas que estão a recusar encomendas porque os trabalhadores rejeitam trabalhar horas extraordinárias. De acordo com o dirigente da CIP Gregório Rocha Novo, que falava na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, o agravamento da Taxa Social Única dos trabalhadores vai piorar a situação.

“É um péssimo sinal”, disse o responsável, referindo que os encargos sobre o trabalho estão a causar “fortíssimos problemas às empresas”, em especial ao nível da concorrência. “Há empresas que estão a recusar encomendas porque os trabalhadores se recusam a fazer trabalho suplementar”, afirmou Rocha Novo, explicando que “o adicional” não é muito significativo, mas muitas vezes “determina a mudança de escalão e a perda do subsídio escolar”.

O valor das horas extraordinárias está atualmente reduzido a metade, depois de o Governo ter prolongado até ao final do ano o corte decidido em 2012 sobre o valor das horas extraordinárias. Rocha Novo falava na comissão parlamentar, na audição conjunta das confederações patronais sobre o diploma que cria a contribuição de sustentabilidade sobre as pensões e aumenta os descontos dos trabalhadores para a Segurança Social e o IVA.

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