Uma equipa de cientistas investigou os restos daquele já foi identificado como o pássaro de maiores dimensões que alguma vez existiu e chegou a uma conclusão surpreendente. Trata-se de uma ave marinha com uma envergadura de asas de 6,4 metros, duas vezes maior do que a de um condor ou a de um albatroz, de acordo com o Wall Street Journal, e que terá vivido há 25 milhões de anos.

Poucos peritos acreditavam, até agora, que uma ave com estas dimensões tivesse capacidade para levantar voo, devido ao peso e às asas longas e frágeis. Mas a equipa de investigação, da National Academy of Sciences, procedeu a simulações em computador e chegou à conclusão de que a ave seria capaz de voar, ajudada por ventos ascendentes, conseguindo manter-se a planar durante uma semana ou mais tempo, de uma só vez.

Os restos fossilizados do animal foram descobertos, em 1983, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, por trabalhadores da construção civil que procediam à edificação de um novo terminal no aeroporto de Charleston. A ave foi batizada de Pelagronis Sandersi, em homenagem a Albert Sanders, na época curador do Museu de Charleston, onde o exemplar único foi conservado.

Um dos aspetos que impressionou os investigadores, e que também alimentou o ceticismo sobre a capacidade da ave para levantar voo, está no facto de os ossos das asas terem pouco mais de um milímetro de espessura. Vários peritos que investigaram a Pelagronis Sandersi consideraram que, por este motivo, as asas não teriam capacidade para dar a impulsão que normalmente é necessária para que seja possível voar. O pássaro, de acordo com estimativas feitas pelos cientistas, pesaria 21,8 a 40 quilos.

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