A Rússia poderá “já hoje” reforçar o armamento dos grupos rebeldes separatistas, pró-russos, localizados na região Leste da Ucrânia. Steve Warren, um dos porta-vozes do Pentágono — sede do Departamento da Defesa norte-americano — avisou esta sexta-feira que uma nova transferência de armas “está iminente” e que poderá até incluir tanques e veículos blindados.

O dirigente, citando informações dos serviços secretos dos EUA, revelou que “os russos pretendem entregar lança-rockets mais poderosos para as forças separatistas na Ucrânia”. E mais. “Temos provas de que a Rússia está a disparar artilharia de dentro do país para pontos militares estratégicos na Ucrânia”, garantiu Steve Warren.

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A CNN noticiou, com base numa fonte, não identificada, da administração norte-americana, que os EUA têm imagens de satélite nas quais é possível ver marcas na relva do lado russo da fronteira — o que alegadamente mostra que artilharia terá sido disparada nesses locais.

As primeiras acusações surgiram na quinta-feira, quando Marie Harf, uma das porta-vozes do Departamento de Estado norte-americano, também acusou a Rússia de “ter intenção” de fornecer “armamento mais pesado e poderoso” aos rebeldes.

A Rússia, através do seu Ministério do Interior, reagiu às declarações de Harf. Em comunicado, além de “rejeitar as insinuações do Departamento de Estado norte-americano, o governo russo acusou ainda a “administração dos EUA” de criar “uma campanha de difamação”. O governo russo ainda criticou os EUA por utilizarem “um cesto cheio de clichés anti-Rússia”, alegando que “não existem factos nem provas acerca destas falsidades”.