A peregrinação dos migrantes ao Santuário de Fátima, o momento mais aguardado da 42.ª Semana Nacional de Migrações, termina esta quarta-feira com a celebração da missa, seguida da procissão do adeus.

No santuário da Cova da Iria são esperados milhares de fiéis nas cerimónias, que, este ano, destacam os emigrantes portugueses, devido ao “grande aumento” do seu número nos últimos anos. Segundo o templo, inscreveram-se no serviço de peregrinos 33 grupos, de 12 países, para participar nas celebrações.

O diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações, frei Francisco Sales Diniz, referiu-se na terça-feira, na conferência de imprensa que antecedeu a peregrinação, ao “grande fluxo migratório” nacional como “quase uma sangria da população portuguesa”.

A peregrinação é presidida pelo bispo da Diocese do Porto, António Francisco dos Santos, que, na missa de terça-feira à noite, após a procissão das velas, afirmou que o futuro da Humanidade não pode ser pensado contra os emigrantes e apelou aos peregrinos que sejam acolhedores e cuidadores dos que vivem perto ou são de longe.

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Na celebração de esta quarta-feira, cumpre-se uma tradição que remonta a 1940, quando um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, de 17 paróquias da Diocese de Leiria, ofereceu 30 alqueires de trigo destinados ao fabrico de hóstias para consumo no santuário.

Desde esse ano, peregrinos, não apenas da diocese, mas também de outros locais do país e, até, do estrangeiro, dão continuidade a esta ação, que se repete todos os dias 13 de agosto.

Subordinada ao tema “Migrações, rumo a um mundo melhor”, baseada na mensagem do papa Francisco para a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, a Semana Nacional das Migrações termina no domingo. Nesse dia, o ofertório das missas reverte para a Pastoral da Mobilidade Humana.