Às vezes parece que o mundo todo está em guerra, caso se pense no conflito na Faixa de Gaza ou na complicada relação entre Ucrânia e Rússia. No entanto, diz o Independent, há 11 países no globo que estão isentos de qualquer espécie de conflitos. A publicação baseia-se no estudo mais recente, Índice de Paz Global 2014, realizado pelo Institute for Economics and Peace (IPE), que analisa 162 países, ou seja, 99,6% da população mundial.

As descobertas do IPE mostram que a escolha de viver em destinos completamente pacíficos é muito reduzida. Os únicos a alcançar a pontuação mais baixa em todas as formas de conflito são a Suíça, Japão, Qatar, Ilhas Maurícias, Uruguai, Chile, Botswana, Costa Rica, Vietname, Panamá e ainda o Brasil.

Mas mesmo estes países não estão completamente isentos de outros problemas que, segundo o IPE, podem gerar situações complicadas no futuro. É o caso do Brasil e da Costa Rica, cujo acesso a armas por parte de civis e demonstrações violentas são uma realidade.

O índice em causa tem por base os últimos dados até ao final do ano anterior ao estudo, razão pela qual é inevitável lembrar os protestos que se fizeram sentir por terras brasileiras a propósito do Campeonato Mundial de Futebol. “O Brasil pode ficar de fora da lista de países pacíficos em 2015”, diz a publicação inglesa.

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A Suíça, por seu turno, é famosa pelo distanciamento que tem em relação a conflitos externos e pelo risco muito baixo ao nível de perturbações dentro das próprias fronteiras. Mas perde pontos no índice global devido à elevada taxa de exportação de armas.

O IPE diz que para um país alcançar o nível mais baixo em todos os seus indicadores de conflito, este não pode ter estado envolvido em qualquer “incompatibilidade que diga respeito ao governo e/ou território onde o uso de força armada entre duas partes, em que pelo menos uma é o governo de um estado, resulte no mínimo em 25 mortes anuais relacionadas com o combate”.

De uma forma geral, o mundo está cada vez mais problemático a cada ano que passa, pelo menos desde 2007. Ainda assim, vive-se o século mais pacífico de que há registo na história da humanidade.