Cerca de 130.000 pessoas, de acordo com a polícia, prestaram homenagem este domingo, em Recife, junto ao caixão de Eduardo Campos. O candidato socialista às presidenciais de outubro morreu na quarta-feira num acidente aéreo.

Uma fila de três quilómetros formou-se em frente ao palácio Campos das Princesas, sede do Governo local, onde decorreu o velório, na presença da mulher, Renata Campos, e dos filhos. O caixão foi colocado no exterior do palácio para facilitar o acesso dos residentes.

Uma missa ao ar livre foi celebrada antes do funeral, previsto para as 17h00 locais (21h00 em Lisboa), no cemitério de Santo Amaro. A sepultura de Eduardo Campos vai ficar ao lado do avô, Miguel Arraes, um dos grandes políticos de esquerda do nordeste do Brasil.

Às cerimónias fúnebres assistiram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff — que lidera as sondagens eleitorais para cumprir um segundo mandato na chefia do Estado brasileiro –, o anterior chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, e vários ministros.

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O candidato social-democrata (PSDB, oposição) à presidência, Aécio Neves, também marcou presença, bem como a ecologista Marina Silva, que se apresentava ao lado de Eduardo Campos para o cargo de vice-presidente.

Terceiro nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 05 de outubro, Eduardo Campos, de 49 anos, morreu na queda de um “Cessna 560XL”, na quarta-feira numa zona residencial de Santos, no litoral do estado de São Paulo (sudeste). Todas as sete pessoas a bordo, incluindo os dois pilotos, morreram no acidente.

Na quarta-feira, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) deverá anunciar, em Brasília, o nome do novo candidato, de acordo com o presidente do partido, Roberto Amaral.

De acordo com a imprensa deste domingo, Marina Silva deverá ser escolhida para substituir Campos. Caso esta nomeação se confirme, a vice-presidência poderá ser assegurada, em caso de vitória da candidata, pelo deputado socialista Beto Albuquerque.

Eduardo Campos foi governador de Pernambuco (nordeste), ministro e deputado, e apresentou-se às presidenciais como alternativa ao Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) e ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB, oposição), que governam o país há mais de 20 anos.