Cerca de 3,5 milhões de crianças moçambicanas, entre os seis e os 12 anos, e mais de 1,5 milhões de mulheres em idade fértil, podem sofrer de dano cerebral, devido à deficiência de iodo, alertou nesta terça-feira a Unicef. O alerta foi lançado pelo representante daquela agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Moçambique, Koen Vanormelingen, durante a Reunião Nacional do Programa Nacional de Iodização do Sal.
O responsável defendeu a necessidade de as autoridades moçambicanas promoverem a regulamentação e comercialização de sal iodado, como forma de garantir o aumento do consumo deste produto. “Toda a mulher grávida e toda a criança necessitam de consumir sal iodado todos os dias. É a responsabilidade conjunta do Governo e do sector privado garantir que todo o sal comercializado no país seja iodado”, realçou Vanormelingen.
Nesse sentido, é necessário o estabelecimento de mecanismos simples para a compra de iodo de potássio, aplicação do sistema de controlo de qualidade e a difusão do conhecimento sobre a importância do consumo de sal iodado, acrescentou. Segundo dados apresentados durante o evento, as províncias mais populosas de Moçambique, nomeadamente Nampula (norte) e Zambézia (centro), são as que registam menor consumo de sal iodado no país.