Nunca andou muito longe, mas agora parece que está de volta. Dois anos depois de ter perdido as eleições presidenciais francesas, Nicolas Sarkozy volta à política ativa com pompa e circunstância numa conferência de imprensa no próximo dia 18 de setembro, segundo anuncia o Le Point. Primeiro os seus apoiantes dizem que quer ganhar a liderança do partido e depois, preparar o caminho para retomar o seu posto no Eliseu. A seguir, aparentemente, salvar a França.

Com François Hollande no fundo do poço da popularidade – apenas 13% dos franceses dizem confiar no Presidente e o livro da sua ex-companheira foi mais vendido nos primeiros dias nas livrarias do que o primeiro volume da popular saga As 50 Sombras de Grey -, Sarkozy volta à vida política depois de ter assombrado nos últimos dois anos o mandato do socialista. A decisão do seu regresso foi tomada durante o verão, mas acelerada no início de setembro com a remodelação do Governo, o descrédito de Hollande e a subida de Le Pen nas sondagens.

Até os mais próximos do ex-presidente não sabiam até à última qual seria a sua decisão e segundo o Le Point, muitos desconhecem o seu programa, mas depois de disputas internas sangrentas (que levaram a acusações mútuas entre Jean-François Copé, eleito em 2012 líder do partido, e François Fillon, o seu opositor), a UMP está pronta para se unir à volta do seu homem forte.

Apesar de estar envolvido num escândalo de financiamento da sua campanha presidencial e ter sido ouvido no início de julho no processo, Sarkozy continua a ser o favorito dos franceses para suceder a François Hollande em 2017. A primeira volta será ganha por Marine Le Pen, mas Sarkozy é o único capaz de bater a Frente Nacional na segunda volta das eleições.

 

Atualmente a UMP está a ser gerida por três co-presidentes Alain Juppé, Jean-Pierre Raffarin e François Fillon, tem eleições marcadas para dia 29 de novembro e é possível que Sarkozy nem venha a ter verdadeiro adversário, já que segundo um ex-ministro disse ao Le Point, “com Sarkozy como candidato, já não há concorrência”. Os candidatos à liderança da UMP têm até dia 30 de setembro para apresentar a sua candidatura.

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