O Presidente da Bolívia, Evo Morales, ganhou as eleições com resultados entre 59,5% e 61% dos votos, revelam sondagens à boca das urnas divulgadas pelos media locais.

As sondagens, que atribuem ao empresário conservador Samuel Doria Medina entre 24% e 25,3% dos votos, foram reveladas às 20h locais (1h em Lisboa), dado que a lei eleitoral impede a publicação de previsões de resultados antes dessa hora.

Num discurso de vitória no palácio presidencial La Paz, Morales disse: “Esta vitória é um triunfo para os anti-imperialistas e anticolonialistas”.

Morales vai governar a Bolívia de 2015 a 2020, num terceiro mandato que o tornará no presidente que mais tempo esteve no poder no país andino. Desde que em 2006 Morales se tornou o primeiro presidente indígena da Bolívia, o país registou um forte crescimento económico, acima dos 5% ao ano. O Governo investiu em educação e em obras públicas, nacionalizando o setor do petróleo, gás, das telecomunicações e da água. Estima-se que cerca de 500 mil pessoas terão saído da pobreza.

Mas o agora reeleito presidente é frequentemente criticado por não conseguir travar a corrupção, tendo sido acusado de usar milhões de dólares de dinheiro público para financiar a sua campanha de reeleição.

Espera-se que o partido de Morales, Movimento para o Socialismo, mantenha a maioria no Congresso, o que pode levar o presidente a alterar a Constituição no sentido de permitir um quarto mandato. A candidatura de Morales a um terceiro mandato foi autorizada por uma decisão tribunal.

 

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