Banco de Portugal enviou para o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indícios que apontam que Ricardo Salgado terá manipulado a contabilidade do Grupo Espírito Santo. Segundo apurou o Observador, a queixa foi já entregue em meados de setembro, pouco mais de um mês depois da resolução do banco, tendo as duas instituições trocado informação deste então sobre o caso.

O jornal i noticia esta quarta-feira que o regulador remeteu indícios de suspeitas de burla, infidelidade e falsificação de documento contra Ricardo Salgado ao DCIAP. Outros intervenientes como Amílcar Morais Pires, ex-administrador com o pelouro financeiro e outros membros da Comissão Executiva também poderão vir a ser visados por estes indícios.

Este jornal revelou ainda na semana passada que como o Departamento Financeiro de Mercados e Estudos do Banco Espírito Santo (BES) utilizou 800 milhões de euros do banco para pagar dívida do grupo através da Eurofin Securities, a sociedade suíça especializada em serviços financeiros que – por meio de operações que envolviam outros países, sociedades e bancos estrangeiros – usava dinheiro do BES para ir limpando a dívida do grupo.

O Banco de Portugal ainda não terá na mão a auditoria forense que encomendou logo em agosto para investigar estes procedimentos. O documento esteve previsto para setembro e – tudo o indica – está quase pronto. Os elementos que daqui resultarem serão também enviados para a Justiça.

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