O diretor-geral de Saúde, Francisco George, admitiu nesta sábado em entrevista à TVI que o surto de Legionella verificado em Vila Franca de Xira “é um problema que não é habitual” dada “a magnitude e gravidade”. “As pessoas têm razões para estar atentas e preocupadas, é um problema que não é habitual, uma situação deste tipo, com esta magnitude e gravidade não é habitual”, disse o diretor-geral de Saúde, admitindo que surjam novos casos nas próximas horas e dias, dado que o período de incubação da doença é de uma semana a 10 dias.

“É possível haver mais casos nas próximas horas e nos próximos dias”, disse Francisco George, considerando que as pessoas devem estar “alertadas e preocupadas, mas não alarmadas”, até porque, só este ano, já houve 88 casos de Legionella em Portugal.

A bactéria da Legionella, disse, “transmite-se por inalação, é respirada através da formação e produção de aerossóis, que são pequenas gotículas nos duches, nos repuxos, de tudo o que possa fabricar aerossóis, como por exemplo sistemas de ar condicionado, e uma vez que a água que esteve na sua origem tenha a bactéria, é provável a transmissão por inalação”.

Esta bactéria, vincou o diretor-geral de Saúde, “não se transmite de pessoa a pessoa”, pelo que a principal recomendação para os cidadãos, nomeadamente os da zona de Vila Franca de Xira, é “ter em atenção as comunicações dos meios de comunicação de referência que vão surgir depois da reunião de coordenação” das autoridades de saúde, que vai começar às 15h00.

Quanto aos grupos de risco, Francisco George apontou as pessoas com mais de 50 anos e os grandes fumadores, lembrando que a única vítima mortal, até agora, era um fumador “de mais de dois maços por dia”, que por causa disso “tinha um fator de risco que determinou esta evolução”.

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