O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, afirmou esperar que a suspensão da cooperação com Timor-Leste na área da Justiça não afete a cooperação técnico-militar e confirmou que aceitou o convite do primeiro-ministro timorense para se deslocar ao país.

Questionado sobre se a suspensão da cooperação judiciária com Timor-Leste irá afetar as relações com o país na área da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco manifestou o desejo de que a cooperação técnico-militar se mantenha. No debate parlamentar do Orçamento do Estado para 2015 sobre o setor da Defesa, Aguiar-Branco frisou que a área da cooperação técnico-militar “tem sido um pilar” e “um elo” na relação com “países irmãos”, apesar das “flutuações nas relações entre outras áreas”.

No final do debate, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa reforçou a ideia de que desejaria que a cooperação técnico-militar se mantivesse e adiantou que até ao momento “não houve nenhuma perturbação”. Aguiar-Branco sublinhou que no passado a cooperação técnico-militar se manteve em “níveis de estabilidade” com outros países que “sofreram turbulência nas relações noutras áreas por razões diversas”.

O ministro confirmou que aceitou um convite do primeiro-ministro de Timor-Leste, que acumula a pasta de ministro da Defesa, Xanana Gusmão, para visitar o país no final de novembro, devendo a viagem realizar-se entre “24 e 28 de novembro”. Ressalvando que as datas ainda não estão definitivamente fixadas, Aguiar-Branco disse que o convite foi feito “com uma antecipação grande” e que a deslocação está prevista “no âmbito da ação externa do Governo” com os países com os quais existe cooperação na área da Defesa, como é o caso também de Angola, Moçambique, Cabo Verde, exemplificou.

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