Uma mulher de 52 anos foi raptada na manhã de terça-feira na sua residência no bairro Belo Horizonte, um dos mais nobres em Maputo, o segundo caso em menos de 24 horas, noticia esta quarta-feira o jornal O País.

Testemunhas descreveram que quatro raptores chegaram ao local na manhã de terça-feira num miniautocarro, que os moradores pensaram tratar-se de uma carrinha de transporte local, e dirigiram-se à residência da vítima com o pretexto de que queriam comprar madeira e acabaram por forçar a entrada com a ameaça de uma pistola.

Este caso é diferente dos que têm assolado Maputo nos últimos meses, uma vez que a vítima não foi raptada na rua mas no interior da sua própria casa, nos arredores da capital moçambicana.

Os raptores acabaram por levar a mulher quando verificaram que o marido da vítima, funcionário na Autoridade Tributária, não dispunha da quantia que exigiam e que não foi revelada, estabelecendo um prazo de dois dias para o pagamento do resgate.

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Entre a noite de segunda-feira e a manhã de terça-feira, foram registados dois raptos em Maputo, juntando-se a outros quatro ocorridos nos últimos três meses, incluindo o de Momade Bachir Sulemane, um dos mais destacados empresários moçambicanos.

Sulemane foi raptado no dia 12 de novembro em pleno dia junto do Maputo Shopping Centre, de que é proprietário, e mantém-se em cativeiro desde então.

O empresário foi classificado pelo Governo norte-americano como um “barão da droga”, em 2010, mas a justiça moçambicana não encontrou fundamentos para sustentar a acusação.