O banco helvético Credit Suisse indicou nesta quinta-feira que os seus escritórios em Milão foram objeto de buscas policiais, sem revelar as motivações das autoridades italianas. “Podemos confirmar que a Guardia di Finanza fez buscas nos nossos escritórios em Milão e que cooperámos plenamente com as autoridades”, indicou fonte do banco em mensagem de correio eletrónico.

Contactada pela AFP, a Guardia di Finanza, que é a polícia financeira italiana, indicou por seu turno que as investigações ocorreram em 16 de dezembro, sem dar mais pormenores. A comunicação social italiana aludira na altura a um inquérito que visava determinar se uma filial do banco nas Bermudas tinha ajudado italianos ricos a esconder fundos não declarados, estimando-os em oito mil milhões de euros.

Estas investigações ocorreram quando está a ser criado um programa de divulgação voluntária para regularizar os ativos escondidos. Um acordo entre a Suíça e a Itália está também em vias de conclusão, depois de negociações duras entre os dois países. Referindo-se a fontes governamentais próximas do ‘dossier’, o La Stampa garantiu que este acordo era “uma questão de dias”, evocando a sua possível assinatura no início de fevereiro.

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