Os dois quadros da Polícia Judiciária que foram afastados na sequência dos problemas no Citius querem processar a ministra da Justiça por denúncia caluniosa, depois de terem sido ilibados no processo-crime e no inquérito disciplinar que foi aberto para investigar a origem do colapso do sistema informático.

Hugo Tavares e Paulo Queirós, os dois funcionários da PJ que estavam em comissão de serviço no Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) e que foram responsáveis pela migração do Citius, estão a ponderar queixas judiciais por denúncia caluniosa e difamação agravada. A notícia é avançada este sábado pelo Diário de Notícias e pelo Expresso.

Os dois homens querem pedir responsabilidades “criminais e possivelmente cíveis”, segundo o Expresso, numa queixa que é extensível ao diretor do IGFEJ, Rui Pereira, e ao vogal responsável pelo departamento informático, Carlos Brito. O relatório da avaria preparado por estes dois últimos acusou Hugo Tavares e Paulo Queirós de sonegar e truncar informação relacionada com os problemas na plataforma Citius.

Este relatório, que acompanhou o despacho que a ministra Paula Teixeira da Cruz enviou à Procuradoria Geral da República (PGR), foi concluído sem que os dois homens que agora querem processar a ministra da Justiça fossem confrontados com a informação

O gabinete da ministra disse, ao Expresso, que “a ministra nunca referiu o nome dos dois funcionários, nem os apontou como culpados de qualquer crime”.

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