“O Governo português foi inacreditavelmente distante da operação”. A frase é do presidente executivo da Altice e refere-se ao processo de compra da PT Portugal, fechado esta semana na assembleia-geral da empresa.

Numa conferência telefónica com analistas, citada pelo Dinheiro Vivo, Dexter Goie disse que, ao contrário do que aconteceu em França na compra da SFR à Vivendi, em Portugal o único compromisso que terá assumido foi com o sindicato que representa os trabalhadores, garantindo que manterá os acordos de empresa. Não haverá, assim, acordo para proteger “postos de trabalho”. Em França, executando “prioridades definidas pelo Governo francês”, a Vivendi exigiu aos compradores uma garantia da manutenção de todos os postos de trabalho.

A verdade é que, um dia antes da assembleia-geral que aprovou a venda, o mesmo Dexter Goei comprometeu-se, perante o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PR, a honrar os compromissos para o futuro que foram assumidos pela PT Portugal perante os trabalhadores da operadora.

Em resposta a uma carta enviada a 20 de janeiro por via eletrónica pelo dirigente daquele sindicato, escreveu que as obrigações em matéria de suspensão e de pré-reformas não transitarão para a Oi, mas permanecerão sob a a esfera jurídica da PT Portugal. A Altice comprometeu-se, assim, a investir na operadora de telecomunicações portuguesa para cumprir a meta de se manter líder em investigação e desenvolvimento.

 

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