O líder parlamentar do PSD considerou hoje na Convenção do PP espanhol que, nas próximas eleições, portugueses e espanhóis terão de escolher entre o rigor dos atuais governos e uma proposta socialista que fragilizou Espanha e Portugal.

“A pergunta que temos de fazer às populações de Portugal e de Espanha é a mesma e é simples: é saber se o país está mais bem governado agora do que estava em 2011 e se, com os esforços que foram feitos, se podemos ter mais esperança na governação do PSD em Portugal e do PP em Espanha – com rigor, mas com crescimento e criação de emprego – ou numa proposta socialista que, em ambos os países, tornou-os menos competitivos e menos capazes de gerar oportunidades de emprego”, disse Luís Montenegro.

O líder parlamentar social-democrata foi um dos convidados internacionais na Convenção do Partido Popular espanhol (no poder), na qual fez uma intervenção ao lado do atual ministro da Saúde de Espanha, Alfonso Alonso, que foi líder parlamentar do PP até ter sido convidado para o executivo de Mariano Rajoy.

Montenegro – acompanhado pelo deputado António Rodrigues – também manteve encontros bilaterais, nomeadamente com o líder parlamentar do PP Espanhol, Rafael Hernando.

“Temos uma proximidade grande do ponto de vista político do PP de Espanha. […] Ambos vencemos eleições em 2011, ambos tivemos processos de recuperação muito exigentes e ambos tivemos que empreender reformas estruturais nos principais sistemas públicos. Temos de enfrentar taxas de desemprego altíssimas. […] E ambos vamos ter eleições no último trimestre de 2015”, salientou o dirigente português.

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Por isso mesmo, “é importante que tenhamos a oportunidade de dizer aos portugueses e aos espanhóis que os esforços que foram feitos nos últimos quatro anos estão a surtir efeito, estão a ter resultados”, realçou Luís Montenegro.

“Nós temos hoje, em Portugal e Espanha, crescimento económico que não tínhamos nessa altura [em 2011], temos uma taxa de desemprego — ainda que elevada — a diminuir e temos projetos para o futuro: continuar a modernizar a economia e a gerar mais oportunidades e emprego. Temos um programa político-partidário e um programa nacional comum. Foi também essa mensagem que viemos aqui deixar”, sublinhou.

Já o ministro Alfonso Alonso afirmou que os dirigentes espanhóis “aprenderam muito” com o exemplo português, com “a capacidade de sacrifício, de superação, que demonstrou que Portugal é um país sério, que vale a pena”.

“Deram a volta a uma situação muito difícil e agora vem aí um tempo novo, no qual há que dar confiança e otimismo. Portugal tem já um futuro e um desenvolvimento que pareciam estar-lhe negados durante tanto tempo. Sei do trabalho do PSD e dos seus companheiros de coligação, que deram a Portugal estabilidade política para superar a situação de resgate”, disse.

O deputado do PP português Luís Queiró também esteve como convidado na Convenção do PP espanhol, que decorre até domingo, em Madrid.