O PS reúne esta semana, pela primeira vez após o congresso de novembro, que ratificou a liderança de António Costa, as suas comissões Política e Nacional, em ambos os casos para debater a atual situação política. Tanto a Comissão Política, que se reúne na quinta-feira, como a Comissão Nacional, marcada para sábado, em Setúbal, resultaram de listas únicas aprovadas em congresso, nas quais a fação minoritária ligada ao anterior secretário-geral, António José Seguro, ficou com uma quota um pouco superior a 30 por cento do total de efetivos em cada um desses órgãos. A Comissão Política do PS, o órgão de direção alargada, reúne-se na véspera de mais um debate quinzenal com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República.

Além da análise da situação política, os 71 membros efetivos da Comissão Política do PS também irão debater e votar o regulamento do novo Gabinete de Estudos do PS, entidade que é liderada pelo ex-secretário de Estado da Presidência João Tiago Silveira e que na prática substitui o Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP) criado pela anterior direção de António José Seguro.

No plano político, ao longo dos últimos dez dias, o secretário-geral do PS tem feito oposição ao Governo sobretudo com os temas da saída dos Estados Unidos da Base das Lajes e da situação nas urgências hospitalares. António Costa aproveitou também a recente decisão do Banco Central Europeu (BCE) de iniciar um programa de compra de dívida pública superior a um bilião de euros para criticar a linha de austeridade económica e financeira seguida pelo Governo nos últimos três anos e meio.

Já em relação à Comissão Nacional do PS, o órgão máximo partidário entre congressos, reúne-se no sábado no Instituto Politécnico de Setúbal para debater e aprovar propostas de alteração de estatutos que não chegaram a ser votadas em congresso.

No último congresso do PS, a 29 e 30 de novembro, apenas foram aprovadas as propostas de revisão de estatutos consideradas mais urgentes, casos da consagração das eleições primárias abertas a cidadãos independentes ou do regresso aos mandatos de dois anos em todos os órgãos deste partido. As propostas que não foram consideradas urgentes em termos de aprovação foram remetidas pelo congresso para a primeira reunião da Comissão Nacional do PS.

A Comissão Nacional do PS vai ainda debater e aprovar as moções setoriais apresentadas pelos militantes em novembro último, documentos que não também não foram discutidos nos dois dias de trabalhos do último congresso, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa.

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