O ministro da Economia afirmou esta segunda-feira que o Governo está a acompanhar “de perto” a situação das empresas portuguesas e as exportações para Angola e adiantou que as vendas para Luanda em 2014 terão crescido entre 3% a 4%.

Pires de Lima falava em conferência de imprensa, após a reunião do Conselho da Indústria, que teve no lugar no Ministério da Economia e foi presidido pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“Acompanhamos de perto a situação das empresas portuguesas e das nossas exportações para Angola”, afirmou o governante, destacando que a reunião do Conselho da Indústria “foi muito útil para ouvir os empresários”, sendo que “alguns fizeram alusão a este mercado”.

António Pires de Lima adiantou que as exportações para Angola no ano passado “terão crescido entre 3% a 4%”, representando aquele mercado 4% do total das vendas ao exterior portuguesas.

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“É evidente que as restrições cambiais e quotas de importações sujeitas a alguns produtos”, nomeadamente alimentares como bebidas, para Angola “vão implicar algum controlo destas exportações, das categorias afetas por estas quotas (…), estamos a acompanhar de muito perto no Ministério da Economia, mas também no ministério dos Negócios Estrangeiros esta evolução durante este ano e, provavelmente, antes do verão, faremos um acompanhamento” através dos exportadores, disse o governante.

Pires de Lima adiantou que irá decorrer um Fórum Empresarial, já acordado com autoridades angolanas, o qual terá lugar em Luanda.

O governante, que estava acompanhado dos secretários de Estado Leonardo Mathias e Pedro Gonçalves, salientou a importância de enquadrar o tema Angola e a redução substancial dos preços do petróleo.

A queda do preço do crude “tem um impacto positivo na economia portuguesa”, sublinhou, explicando que “por cada 20% da redução do preço do petróleo existe a expectativa, de acordo com estudos econométricos produzidos pelos gabinetes dos ministérios das Finanças e da Economia, de um crescimento do produto de 0,3% a 0,5%”.

O ministro adiantou que é natural que as economias mais dependentes do preço do petróleo sintam alguma repercussão.

Angola é o quarto mercado de Portugal em termos de exportações de bens e quinto na soma dos bens com serviços.

“A generalidade das empresas em Portugal vão ser beneficiadas e não penalizadas”, concluiu Pires de Lima.