Os sons de seis cidades portuguesas (Porto, Braga, Tondela, Guarda, Castelo Branco e Fundão) e de Abu Dhabi foram recolhidos pelo projeto, criado pela associação cultural Sonoscopia, que os tem catalogado e disponibilizado através da Internet na página www.phonambient.com.

A apresentação na Casa da Música vai ser o culminar do processo, “procurando sintetizar várias ideias e conceitos desenvolvidos por uma vasta equipa de participantes”, de acordo com uma nota da organização enviada à Lusa.

O Phonambient assenta sobre o trabalho feito pelo projeto Porto Sonoro desde 2010, criado no âmbito do festival Manobras, e que veio a ganhar uma “nova vida” ao ser expandido para várias cidades com uma “ênfase maior na parte da transformação criativa e da reflexão sobre o património sonoro das cidades e dos locais”, disse o cofundador da Sonoscopia, Gustavo Costa, numa conversa com a Lusa em janeiro.

Na Casa da Música, durante os cinco dias, vai estar “uma instalação interativa baseada nos arquivos sonoros criados em cada cidade”, para além do espaço Digitópia, onde vão poder ser consultadas as “cartografias sonoras” dos diversos espaços.

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Entre as 17h00 e as 22h00 dos dias 10 e 11 de fevereiro vai ser possível encontrar uma “instalação sonora a partir dos impulsos elétricos e campos magnéticos gerados por plantas”, enquanto nos dias seguintes será possível escutar as “Memórias do Fundão”, uma “instalação sonora que se baseia na reverberação, não em termos acústicos, mas das experiências breves de outros quotidianos que perduram esmorecidas no tempo”.

No sábado, o projeto vai ainda realizar vários concertos, a partir das 16h00, contando, às 17h30, com a Phonorquestra, que vai efetuar uma “criação coletiva a partir da manipulação em tempo real dos arquivos sonoros das diferentes cidades”.