Kayla Mueller, a jovem de 26 anos que estava detida pelo Estado Islâmico (EI) e cuja morte foi confirmada pela sua família nesta semana, terá sido forçada a viver com um dos membros do grupo durante o cativeiro, avançaram alguns funcionários do governo norte-americano esta quarta-feira à CNN. Segundo os relatos, ainda não se sabe se Mueller foi coagida, vendida ou forçada a ser noiva de um dos integrantes do EI. Os funcionários não quiseram revelar a identidade e citaram fontes dos serviços secretos norte-americanos para dar a informação.

A notícia da morte de Kayla Mueller chegou nesta terça-feira através da família. O Estado Islâmico enviou-lhes uma mensagem privada com informações sobre a sua morte, que incluíam imagens de Mueller numa mortalha, confirmou à CNN a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Bernadette Meehan.

O jornal The New York Times avançou que nas imagens a jovem aparecia com ferimentos, mas não foi possível confirmar se resultaram de agressões físicas ou de escombros de um edifício derrubado.

Kayla Mueller mudou-se para a Turquia em 2012 para trabalhar numa organização humanitária que ajuda famílias vítimas da violência da guerra civil na fronteira do país com a Síria. Em 2013, incorporou a equipa espanhola dos Médicos Sem Fronteiras em Aleppo e foi raptada em agosto desse ano.

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O Estado Islâmico anunciou a morte de Kayla Mueller na passada sexta-feira, depois de aviões da Jordânia que integram a coligação internacional contra os jiadistas terem atingido o edifício onde ela se encontrava. O EI divulgou fotos do edifício que terá sido atingido, mas não mostrou imagens de Mueller.

Enquanto esteve em cativeiro, a sua família recebeu um e-mail do Estado Islâmico com um pedido de resgate no valor de milhões de euros e a ameaça de morte caso o resgate não fosse pago. Durante este período, enviou-lhes uma carta, divulgada pela imprensa internacional.

Notícia corrigida e atualizada às 21h50