A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, escusou-se nesta sexta-feira a comentar a eventualidade de encabeçar a lista por Santarém num cenário de coligação PSD/CDS-PP para as próximas legislativas, frisando que esse é um “futuro” ainda “muito longínquo”. “É uma matéria que não está em cima da mesa. O que posso dizer é que fui por duas vezes cabeça de lista eleita por Leiria e quanto ao futuro está muito longínquo”, declarou quando questionada sobre se lhe agradaria encabeçar a lista por Santarém em caso de coligação.

O nome de Assunção Cristas surgiu esta semana na sequência de um plenário da distrital de Santarém do PSD, no qual o presidente da Câmara de Santarém declarou ser frontalmente contra a cedência do lugar cimeiro da lista a um elemento do CDS-PP, caso os órgãos nacionais dos dois partidos cheguem a acordo para uma candidatura em coligação.

O nome da ministra surgiu aparentemente de “conversas de corredor” na sessão das “Jornadas do Investimento” realizada no sábado em Santarém com a participação dos presidentes das distritais do PSD, Nuno Serra, e do CDS-PP, José Vasco Matafome. Em declarações à Lusa, Nuno Serra disse que esse é um debate “prematuro” e “extemporâneo” e que ficou “espantado” por Ricardo Gonçalves ter levantado a questão na reunião realizada esta semana, mas admitiu que a distrital deve analisar o que for melhor para o distrito e para a coligação. Para o líder da distrital social-democrata, se se viesse a concluir que Assunção Cristas garantiria uma maior representatividade parlamentar seria “um erro crasso” eliminar essa possibilidade à partida.

A ministra visitou hoje a Lusoflora, certame promovido pela Associação Portuguesa de Produtores de Plantes e Flores Naturais que decorre até domingo em Santarém, tendo sido acompanhada pelo presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, e pelo presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, o deputado social-democrata eleito pelo distrito de Santarém, Vasco Cunha.

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