A renovação do Portuguese Caucus, o grupo de congressistas que defende os interesses de Portugal e da comunidade portuguesa nos EUA, foi aprovada por mais dois anos, confirmou a agência Lusa através de uma fonte da Câmara dos Representantes.

Neste momento, o grupo é liderado pelos congressistas Jim Costa e David Valadão, da California, David N. Cicilline, de Rhode Island, e Lee Zeldin, de Nova Iorque.

O ‘caucus’ é uma organização sem filiação partidária, tendo membros dos partidos Republicano, Democrata e independentes.

Sempre que o ‘caucus’ é renovado, o que é obrigatório a cada dois anos, depois de uma eleição, os membros precisam inscrever-se novamente no grupo.

Nas próximas semanas, a National Organization of Portuguese Americans (NOPA) vai realizar uma campanha convidando todos os congressistas a juntarem-se ao Caucus.

Ao mesmo tempo, será pedido aos membros da comunidade que escrevam ou telefonem aos representantes da sua região pedindo que se juntem ao grupo.

  • O Portuguese Caucus existe desde 1995, quando foi fundado pelos congressistas Patrick J. Kennedy, de Rhode Island, e Richard Pombo, da California. Nessa primeira encarnação, o grupo chegou aos 38 membros e foi instrumental em diversas iniciativas, como em 1996, quando liderou a discussão para um acordo fiscal entre EUA e Portugal, que evita a dupla tributação e fuga fiscal.
  • Três anos depois, lutou pela inclusão de Portugal no programa “Visa Waiver”, que permite a entrada de cidadãos portugueses nos EUA sem visto, e pela aprovação de sanções contra a Indonésia devido à violência em Timor Leste.
  • A partir de 2003, deixou de haver iniciativa para renovar o caucus e a instituição ficou inativa durante oito anos.
  • Em 2011, por iniciativa da NOPA, o grupo foi reativado.
  • Nos últimos anos, o Portuguese Caucus tem sido muito ativo na questão da Base das Lajes.

Estes congressistas lideraram as iniciativas legislativas que adiaram a redução da presença norte-americana na base da ilha Terceira nos últimos três anos e apresentaram propostas que sugerem novas funções para a base, como a instalação de uma base avançada da AFRICOM.

“Eu e os meus colegas do Portuguese Caucus vamos continuar com os nossos esforços para manter a base a operar aos níveis atuais e fazer todo o possível para fortalecer a relação entre os Estados Unidos e Portugal, o nosso aliado de muitos anos e amigo”, garantiu em dezembro um dos co-presidentes da instituição, Jim Costa,.

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