Milos Zeman, presidente da República Checa, proibiu o embaixador dos EUA de entrar na sua residência oficial, conhecida como o Castelo de Praga. A decisão do chefe de Estado surgiu depois de o embaixador americano ter dito a uma televisão checa que achava “estranho” que a República Checa enviasse um representante a Moscovo para a parada dos 70 anos da II Guerra Mundial, quando a maior parte dos líderes mundiais está a recusar o convite de Putin.

“Não consigo imaginar o embaixador checo em Washington a dizer ao presidente norte-americano para onde pode ou não viajar”, disse o presidente ao jornal Parlamentni Listy. “Não vou deixar que nenhum embaixador fale sobre as minhas deslocações ao estrangeiro”, assegurou o presidente. Entretanto, um porta-voz oficial de Zeman já veio esclarecer que o embaixador norte-americano, Andrew Schapiro, poderá continuar a frequentar a residência do presidente em ocasiões oficiais.

“O embaixador Schapiro tem a porta do castelo fechada para ele”, disse o presidente checo.

Zeman difere do consenso europeu em relação ao conflito ucraniano e já falou contra as sanções impostas pela União Europeia à Rússia. Até agora, a maior parte dos líderes europeus (os de Portugal incluídos), bem como Barack Obama, recusaram o convite de Putin para assistirem à parada da vitória dos Aliados em Moscovo. Ainda não responderam Alexis Tsipras, que estará em Moscovo esta semana, e o presidente húngaro, Janos Ader.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR