O Presidente da República disse neste domingo querer ter a Noruega como “um parceiro”, classificando a visita oficial que inicia segunda-feira àquele país como “uma das viagens mais importantes” que já fez em termos empresariais e científicos. Em conversa informal com os jornalistas, a bordo do avião onde aterrou hoje à noite em Oslo, o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, falou brevemente sobre os objetivos da visita oficial que começa segunda-feira de manhã e que tem como principal enfoque o mar.

Lembrando que a economia do mar contribui com mais de 20% para o Produto Interno Bruto (PIB) norueguês (excluindo o petróleo e o gás natural), enquanto em Portugal a percentagem ronda os 2%, o Presidente da República traçou como um dos objetivos da sua visita fazer da Noruega um “parceiro”. “Vou fazer sete intervenções sobre o mar”, enfatizou, acrescentando que Portugal e a Noruega são “parceiros adequados” e que Portugal precisa “de parcerias com conhecimento e experiência”.

Na conversa com os jornalistas, Cavaco Silva recordou ainda a sua primeira viagem à Noruega enquanto político aconteceu em 1980, quando era ministro das Finanças. Na altura, lembrou, havia limitações à importação de bacalhau em Portugal, uma política que não era muito bem recebida pelos noruegueses. Coincidência ou não, contou, todas as refeições que lhe foram servidas durante a visita eram bacalhau e a única fotografia tirada durante a sua estadia foi com um bacalhau na mão.

Cavaco Silva é acompanhado nesta visita por uma comitiva de mais de 50 personalidades, entre investigadores, empresários de biotecnologia e de setores como a energia, cortiça, calçado, vinho, azeite, calçado, produtos alimentares, cerâmica, produtos para a indústria petrolífera e construção.

Integram ainda a comitiva presidencial a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, o ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato, o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, e o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva.

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