O diretor europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), Poul Thomsen, voltou esta quinta-feira a queixar-se de que os técnicos do FMI e das outras instituições credoras continuam a ter o acesso vedado a vários documentos pedidos ao governo grego. Visivelmente exasperado, durante uma conversa com jornalistas, Poul Thomsen deixou uma garantia: “Não haverá qualquer financiamento para a Grécia até que a avaliação esteja completa“.

Citado pelo jornal grego To Vima, Poul Thomsen reconheceu que as coisas melhoraram um pouco depois da remodelação da equipa que negoceia com a troika – retirando protagonismo ao ministro das Finanças, Yanis Varoufakis – mas a situação continua “longe do que seria ideal“.

O responsável do FMI mostrou algum pessimismo em relação às negociações com Atenas, dizendo que as divergências nesta altura são mais processuais do que fundamentais. Poul Thomsen garantiu, de qualquer forma, que “não haverá qualquer financiamento para a Grécia até que a avaliação esteja completa”.

A equipa de técnicos está a trabalhar na conclusão da quinta e última avaliação do segundo programa da troika, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, garantiu na segunda-feira que sem que haja fumo branco nessas negociações não será possível falar sobre o mais que provável terceiro pacote de resgate.

Poul Thomsen desmentiu, também, que o próprio tenha instado os credores europeus a aceitar um corte do valor nominal da dívida grega. O responsável do FMI diz que não existe uma imagem clara acerca da sustentabilidade da dívida grega, já que não foram feitos estudos atualizados que permitam ter essa análise de forma rigorosa.

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